2015-11-28

Aves nos Olivais e em Lisboa


Em  Julho deste ano ao passear nos Olivais ao fim da tarde ouvi uma grande barulheira que constatei depois ser feita pela pequena ave no topo da árvore que mostro a seguir:



Mais uma vez tive que usar o telemóvel pelo que mal se vê a avezinha, mesmo usando a ampliação máxima da mesma imagem:



Nessa altura tinha visto uma referência no jardim da Gulbenkian ao Periquito-de-colar, uma ave tropical abundante na Ásia e África e que se tem dado bem por Lisboa e outras terras de Portugal.

Neste mês de Novembro avistei também nos Olivais Sul outra ave



que uma pessoa da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves ) simpaticamente  identificou como sendo um Gaio. Soube depois que também têm avistado Gaios no jardim do reservatório da EPAL situado no alto da rua Cidade de Bissau.

Ao colocar esta imagem no Google apareceram-me várias aves, entre elas uma de outro Gaio, mostrando que a identificação de seres vivos pelo Google imagens, embora fazendo progressos, ainda pode ser muito aperfeiçoada.

Se eu tivesse ido ao sítio das Aves de Lisboa, que é uma porta para as Aves de Portugal talvez tivesse chegado á mesma conclusão.

Há muita actividade para além da política que, embora seja muito importante não deveria ocupar tanto espaço nos canais da TV de informação. Em Portugal dá a sensação que esses canais falam exclusivamente de política, futebol e economia, parece-me que por esta ordem.

Toda esta conversa fez-me ainda lembrar um filme muito interessante sobre as aves de Lisboa e o trabalho do LxCRAS (Centro de Recuperação de Animais Silvestres) para a sua conservação:



 

2015-11-24

Laranja gigante


Fui surpreendido no mercado de Portimão por esta laranja gigante que pelo tamanho mais parecia uma toranja. Nessa banca havia vários exemplares de dimensão semelhante mas trouxe só a que mostro na foto, que pesava 730 g! A qualidade não era exceptional mas era boa.




Desde que num restaurante me trouxeram uma laranja descascada cortada às rodelas, enriquecidas com mel e canela, passei a polvilhar canela com bastante frequência nas rodelas de laranja. O mel só raramente porque as nossas laranjas costumam ser doces.


2015-11-18

Cogumelos nos Olivais


No meu agora passeio matinal passei por este coto de árvore com uma população de cogumelos dispostos numa formação "em escada" que achei curiosa.



Perguntei a um amigo que se interessa por cogumelos que espécie seria e ele disse-me que se devia tratar de Armillaria Mellea, um fungo que costuma aparecer nas árvores e que é fatal para várias espécies de árvores.
A seguir mostro a mesma imagem mais ampliada




Na Wikipédia existe uma versão em língua galega sobre a mesma Armillaria com uma imagem interessante.

Fiquei na dúvida se cortaram algumas árvores como esta nos Olivais por terem sido atacados pelo fungo ou se o fungo "aproveitou" o coto restante do abate. Noto contudo que não aparecem rebentos neste coto de choupo, ao contrário do que tenho observado noutros casos, o que me faz inclinar para a primeira hipótese.

A foto de cima foi tirada no dia 12/Nov/2015, a seguinte no dia 16. As manifestações visíveis dos fungos aparecem com frequência e desenvolvem-se depressa, mas a decadência também é rápida:




Um resumo da História da Síria



Muito bem resumida em 10 minutos uma situação tão complexa, num filme recomendado pela Isabel Meireles no jornal Expresso:



Se falhar pode tentar directamente este sítio.

2015-11-14

Guerra em Paris e Instituto do Mundo Árabe


À medida que o mundo se vai globalizando aumenta também a globalização das consequências dos desastres que antes eram mais locais.

Na Europa tivemos essa experiência em 1914-18 e depois com maior intensidade em 1939-45.

Foi pouco depois desta última devastação que foi criada a União  Europeia, precisamente para tentar evitar a Guerra na Europa através do aumento de trocas comerciais, que além de serem mutuamente benéficas, criariam laços de amizade e de interesses mútuos.

Ama o teu próximo como a ti mesmo ou, não matarás (sobretudo o teu próximo visto que é aquele que deves amar) seria assim estendido aos clientes e f ornecedores. A ética do homo economicus desaconselha que se mate quer o nosso cliente quer o nosso fornecedor de artigos que podemos revender com boa margem ou obter para consumo a preço muito interessante.

Não se tem conseguido até agora estabelecer relações económicas mutuamente vantajosas entre o Ocidente e o Médio Oriente onde, para complicar mais as coisas, persiste uma cultura da morte mais acentuada do que no Ocidente.

Por cá já se apreciou muito os actos de heroísmo da carne para canhão da Guerra de 1914-18 e de vez em quando há quem fale que já não há valores pelos quais valha a pena dar a vida (morrendo). Felizmente tem-se observado uma evolução no Ocidente para lutar por valores pelos quais se dá a vida vivendo.

Mas não se pode continuar a “ignorar” os desastres que se desenrolam no Médio Oriente porque eles acabam por vir dar à nossa porta, como ontem aconteceu com estes atentados horríveis em Paris. Com esta escalada do nível de violência o Ocidente terá que intervir com maior intensidade nos seus vizinhos. Resta determinar como melhorar a estratégia seguida até aqui que acaba de se revelar insuficiente.

Há quem se interrogue porque será a França um alvo importante dos atentados terroristas. Mesmo assim o atentado que causou maior número de mortos na Europa continua a ser o da estação da Atocha em Madrid. Mas existe uma razão simples, a França tem uma interacção forte com o mundo árabe e é um bode espiatório externo muito óbvio quando as coisas correm mal por lá.

Não é por acaso que existe em Paris o Institut du Monde Arabe, uma organização com sede num edifício magnífico inaugurado em 1987 do arquitecto Jean Nouvel e Architecture-Studio ( ).

Uma das fachadas tem este aspecto exterior




que vista no detalhe se constata ser composta de vidro e dispositivos metálicos de geometruia variável cuja imagem fui buscar aqui




tendo reduzido o número de pixels na imagem anterior e enquadrado o detalhe na imagem seguinte, mostrando que cada orifício do dispositivo metálico tem uma dimensão regulável




e usando padrões geométricos de inspiração tão frequente na decoração dos edifícios árabes.

Na imagem seguinte mostro o interior do edifício cuja imagem fui buscar aos prémios Aga Khan para Arquitectura




constatando-se o sucesso na criação dum ambiente que capta a atmosfera de alguns edifícios dos países em que é preciso alguma protecção contra o excesso de luz.


2015-11-10

Outono, nova Estação, nova Situação (reforma) e talvez novo Governo


Lisboa não é o sítio ideal para contemplar os amarelos, laranjas, acobreados e vermelhos da vegetação, mais  comuns e tão bonitos em maiores latitudes.

Em Portugal lembro-me de ter visto uma composição notável de rectângulos de várias cores das vinhas nas encostas do vale do Douro, na antiga estrada de 120 curvas de Lamego para a Régua, mas ultimamente não tenho passado por lá nem por outros sítios do país onde provavelmente existirão florestas de alguma dimensão com árvores de folhas caducas.

Assim limito-me a mostrar uns ramos duns carvalhos do Parque das Nações que já referi num post em Nov/2013 (http://imagenscomtexto.blogspot.pt/2013/11/carvalhos.html ) que dão pelo nome quercus palustris, vulgo carvalho-vermelho-americano.





Esta manhã dei um passeio à beira-Tejo de manhã, já na minha nova condição de reformado, desde o dia 1 de Novembro deste ano, e constatei neste conjunto de árvores a falta de tons Outonais de que me “queixei” acima:




Este ano o Verão de S.Martinho em curso foi precedido de alguma chuva pelo que os campos amarelados do fim do Verão deram lugar a esta erva muito verde, ainda na beira-Tejo:




Quem quiser ver tons outonais clássicos deve-se dirigir ao 2 Dedos de Conversa onde a Helena Araújo nos continua a oferecer fotografias de cores de Outono e de nuvens em vales de grande beleza.

Parece que os acordos do PS com os outros partidos da esquerda irão viabilizar um governo PS com apoio parlamentar.

A agressividade dos discursos recentes da direita têm-me levado a pensar na montanha-russa pela qual tem passado: de uma derrota anunciada por praticamente toda a gente passou a uma esperança de que o PS não tivesse a maioria absoluta, depois entreviu a possibilidade da coligação ter uma maioria relativa que se concretizou na noite das eleições, com uma continuação governativa praticamente assegurada, para afinal começar a aperceber-se que essa continuação estava gravemente ameaçada, depositar esperanças numa luta interna do PS, em que a facção liderada por Francisco Assis se revelou afinal de pequena dimensão e talvez alguma esperança em problemas de última hora das negociações do PS com os parceiros.

Tenho achado alguns dos argumentos da direita muito fracos, designadamente:
- a insistência na existência de um vencedor e de um derrotado numa eleição em que existem mais do que dois concorrentes;
- a referência a uma tradição que não tem nada de essencial no âmbito da nossa Constituição e cuja existência derivava da dificuldade que sempre existiu na prática do PS fazer acordos à esquerda;
- a ânsia de poder do António Costa e uma sua alegada arrogância, argumento que a maior parte das vezes deriva da projecção sobre o outro dos seus próprios problemas;
- a referência constante à NATO, como se esse fosse um tema falado ou com alguma relevância nas discussões políticas nos últimos 4 anos.

Aguardo com espectativa os próximos capítulos que podem trazer muitas surpresas.

Noto com agrado que na sondagem apresentada no ultimo Expresso a popularidade de António Costa é muito superior à de Passos Coelho e que depois do acordo as pessoas continuariam a votar no PS, BE e CDU em percentagens semelhantes às observadas na eleição, demonstrando assim a incorrecção da conjectura de que as pessoas votariam de forma significativamente diferente caso soubessem antes que seria possível a celebração de acordos do PS à sua esquerda.

2015-11-01

Semente de Ulmeiro (?)


Ao pé da minha casa nos Olivais Sul existem dois ulmeiros que já referi em 3 posts deste blogue.

Num deles refiro que em Maio de 2015 fiz germinar uma ou duas sementes dos milhares que os ulmeiros estavam a largar, como habitualmente, nesta última Primavera.

As sementes germinaram bem numa floreira pequena numa varanda.

Entretanto, na esperança de obter um ulmeiro-bonsai, fui regando regularmente a floreira, o que deve ter despertado um conjunto apreciável de ervas talvez classificadas como "daninhas" mas que deram um aspecto que me agradou em Julho de 2015:




de que mostro um zoom




entretanto chegou Agosto em que estive no Algarve e quando voltei em Setembro apenas o ulmeiro se mantinha verde, tendo sobrevivido até agora, como se constata na foto que tirei ontem