2017-05-16

Os Descobrimentos Portugueses (3)


Na caracterização das civilizações Jaime Cortesão criticava o sistema de castas na Índia e elogiava vários aspectos da civilização chinesa. Os motivos para fazer todas estas viagens não são naturalmente esquecidos, a conquista, a propagação da fé cristã e a realização de bons negócios tiveram todos a sua parte, não necessariamente por esta ordem.

Já não me lembro se também falou na posição periférica da peninsula ibérica, bem como da Inglaterra e da Escandinávia, quem está longe do centro tenta descobrir o que há lá longe.

Na descrição das dificuldades encontradas pelos portugueses o autor dá o devido (talvez até um pouco demais...) relevo às dificuldades da navegação no Oceano Atlântico designadamente à existência de correntes e de  ventos, cujas direcções estatisticamente dominantes variam com o local e com as estações do ano, para não falar nas tempestades. Por exemplo as zonas sem vento do Golfo da Guiné obrigavam os navios a afastar-se muito da costa para chegar ao sul do continente africano. Por outro lado, era difícil conhecer a localização do navio no alto-mar pois enquanto a latitude era relativamente fácil de determinar com o céu descoberto, o cálculo da longitude revelou-se muito mais difícil conforme relatado na entrada “longitude” da Wikipédia ou com mais pormenor na entrada “History of longitude”, sintomaticamente sem versão em língua portuguesa pois a sua versão está incluída na primeira entrada referida.

O almirante Gago Coutinho refez algumas viagens no Atlântico em embarcações à vela para verificar a plausibilidade de conjecturas sobre o que se tinha passado em algumas das viagens dos portugueses no século XV.

No mar alto só os astros nos podem guiar. Neste mar do Algarve a esteira luminosa indica aproximadamente a direcção Sul.




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